A bonita mas trágica história de amor vivida entre D. Pedro e D. Inês de Castro marcou a história e o património de Portugal.
D. Pedro I, filho do Rei D. Afonso IV e herdeiro do trono português, apaixonou-se por Inês de Castro, uma nobre galega que chegou a Portugal em 1340, como aia de D. Constança, sua esposa. O amor que unia D. Pedro e Inês crescia de forma incontrolável, e os Jardins da Quinta das Lágrimas, longe dos olhos da corte, tornaram-se o cenário dos seus encontros secretos. D. Afonso IV, que reprovava o amor proibido do filho, expulsou Inês de Castro da corte e mandou exilá-la.
Após a morte de D. Constança, sua esposa, e afrontando a autoridade do pai, D. Pedro mandou regressar D. Inês e, durante anos, viveram juntos nos Paços de Santa Clara, onde criaram os seus três filhos e por algum tempo, acreditaram que nada mais poderia ameaçar o amor que os unia. D. Afonso IV, que receava as consequências desta relação para o Reino de Portugal, ordenou a morte de D. Inês. Reza a lenda que o sangue que derramou, ao ser trespassada pelos punhais dos três fidalgos assassinos, ainda hoje mancha o fundo de pedra da Fonte das Lágrimas, fonte que nasceu das suas lágrimas e onde foi executada.
D. Pedro, incapaz de perdoar a traição do Pai, em 1357, ao assumir o Trono, matou dois dos assassinos da sua amada, arrancando-lhes o coração. Poucos anos mais tarde, jurando que se havia casado secretamente com D. Inês de Castro, mandou transportar o seu corpo, sepultado no Mosteiro de Santa Clara a Velha, em Coimbra, para Alcobaça, onde foi coroada Rainha. Os grandiosos túmulos de D. Pedro e D. Inês, localizados no Mosteiro de Alcobaça, estão em frente um ao outro. Como D. Pedro desejava, descansam lado a lado eternamente.