Coimbra está associada à lendária história de amor de Pedro e Inês mas existem muitas outras histórias curiosas fruto, ou não, da imaginação. A Lenda da Cindazunda, por exemplo, devidamente documentada, conta a história da fundação da cidade.
Aeminium, a antiga cidade romana de Coimbra, localizava-se onde hoje se encontram as ruínas de Conímbriga, e esteve sujeita, por muito tempo, ao Império Romano. “Mas um dilúvio de Bárbaros inunda a Espanha em 409 e o Mondego reconhece o senhorio dos Suevos.”, o rei Hermenerico. Por sua vez, Ataces, lendário rei dos Alanos, ambicionava ganhar território, o que o levou a confrontos sangrentos com Hermenerico, que acaba por perder o domínio sob o Centro de Coimbra. Ataces, receando a segurança das suas fortalezas, reduz Conímbriga a cinzas e lança, junto à margem direita do Rio Mondego, os alicerces de uma nova cidade que designa de “Col-imbria”. Por outro lado Hermenerico, na esperança de resgatar as terras que Ataces lhe retirara, aparece com o seu exército junto aos novos muros de Coimbra, desencadeando um novo combate entre os dois exércitos. Deste sangrento combate, é Ataces que volta a sair vitorioso. Contudo, não satisfeito, persegue Hermenerico até às margens do Douro. É nesse momento que Hermenerico, ansiando por paz, oferece ao rival a mão da sua filha, a belíssima Princesa Cindazunda. No regresso a Coimbra, Ataces, apaixonado e encantado por Cindazunda, de olhos claros e cabelos loiros, oferece um brasão à cidade, onde a Princesa Cindazunda surge coroada, simbolizando e perpetuando o seu casamento.
Em Agosto de 2017, o Município de Coimbra inaugurou, na Praça do Arnado, uma escultura representativa da princesa Cindazunda, que pretende homenagear a Mulher de Coimbra.