Aloja, Atelier do Corvo

Carlos Antunes, natural de Coimbra, e Désirée Pedro, natural de Moçambique, formam um casal de arquitectos que tem vindo a traçar um percurso de sucesso no âmbito da arquitectura contemporânea. Trocaram Coimbra por Miranda do Corvo e foi lá que abriram, em 1996, o Atelier do Corvo. Desde então, vários dos seus projetos foram reconhecidos, nomeadamente: a remodelação do Laboratório Chímico do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra foi distinguida, em 2007, com o Prémio Diogo de Castilho e com a Menção Honrosa da APOM; em 2019 voltam a ser distinguidos com o Prémio Nuno Teotónio Pereira pela reabilitação do edifício da Cerâmica Antiga de Coimbra, no Terreiro da Erva, um projecto de co-autoria com a arquiteta Luísa Bebiano.

Desde 2010, que Carlos e Désirée assumem a direção do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), a mais antiga instituição nacional dedicada à promoção da arte contemporânea e que detém uma colecção de arte que constitui por si só “um documento ímpar na narrativa da história da arte contemporânea em Portugal”.

Em 2015, sob a direção do casal de arquitetos, o CAPC cria a iniciativa “AnoZero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra” que propõe um confronto entre a arte contemporânea e o património cultural da cidade, a propósito da distinção da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial da UNESCO. Em 2016, também sob a direção de Carlos e Désirée, o edifício do CAPC é classificado como Monumento de Interesse Público pela Direcção-Geral do Património Cultural, um reconhecimento de tudo aquilo que, até então, foi feito pelo Círculo.

Mais recentemente, em Dezembro de 2024, o casal de arquitectos inaugura “aloja”, na Rua Guerra Junqueiro, um espaço de acolhimento, galeria para objetos concebidos por artistas, arquitetos e designers, “transitando livremente entre os limites das disciplinas”.