O Instituto Pedro Nunes (IPN), criado pela Universidade de Coimbra em 1991, é uma instituição privada sem fins lucrativos. Para melhor explicar a importância e a dimensão do Instituto Pedro Nunes é necessário fazer uma breve apresentação da sua estrutura.
Um dos principais motivos de criação do IPN é o de divulgar e promover a inovação e a transferência de tecnologia, estabelecendo a ligação entre o meio científico e tecnológico e o tecido produtivo. Assim, o IPN contribui para uma transformação não só do tecido empresarial, mas também, das organizações, promovendo uma “cultura de inovação, qualidade, rigor e empreendedorismo”.
O modelo do IPN assenta no relacionamento entre universidade/empresa e no foco de três frentes que se reforçam e complementam: a investigação e o desenvolvimento tecnológico; a incubação e aceleração de ideias e empresas e, por fim, a formação especializada e divulgação de ciência e tecnologia.
A incubação e aceleração de empresas inovadoras e de base tecnológica é apoiada pela incubadora e pela aceleradora do IPN. A incubadora foi fundada em 2002 por iniciativa do próprio IPN e da Universidade de Coimbra e foi chamada de IPN – Incubadora – Associação para o desenvolvimento de Atividades de Incubação de Ideias e Empresas. Esta é uma instituição de direito privado sem fins lucrativos. Em 2010, a IPN – Incubadora recebeu o prémio internacional de melhor incubadora de base tecnológica. É crucial o apoio que esta presta nos primeiros quatro anos de vida das empresas através de condições que facilitam o acesso ao sistema científico e tecnológico, proporcionando um ambiente capaz de alargar os conhecimentos em matérias como a qualidade, gestão, marketing e o contacto com mercados nacionais e internacionais. A Aceleradora, por seu lado, presta apoio a empresas com mais de cinco anos que apesar de terem uma forte posição no mercado necessitam de capital para continuar a crescer e se internacionalizarem. Atualmente, deve-se à Incubadora a criação de 2000 novos postos de trabalho qualificado e à Aceleradora a criação de outros 500.
São já as empresas de sucesso que saíram do IPN. A Critical Software, SA, por exemplo, fundada em 1998, é especializada no desenvolvimento de soluções de software e serviços de engenharia de informação. Opera em áreas tão diversas como a aeronáutica, defesa e segurança, saúde, serviços financeiros, automóvel, governo, etc. A Critical cria sistemas de informação, entre outros, para a NASA e a Crioestaminal, a primeira empresa em Portugal a fazer a criopreservção de células estaminais que, também, nasceu nos corredores do IPN. Estas duas empresas já são autónomas, mas mantêm-se ligadas ao IPN através de um programa de incubação virtual.
A Feedzai Lda, empresa de desenvolvimento de software especializado que permite às empresas visualizar em tempo real as alterações das condições do seu negócio, também já conseguiu alcançar uma estrutura e dimensão que lhe permitiu sair da Incubadora, tendo-se instalado no IPN Aceleradora e criado escritórios em Lisboa, Porto e Estados Unidos. A Feedzai desenvolveu um software especialista no combate à fraude utilizado pelas empresas mais poderosas do mundo, tornando assim o comércio mais seguro para clientes empresariais. Esta empresa integra a lista das 50 empresas com maior potencial e crescimento na Europa.
Cerca de 90 empresas ainda fazem parte do IPN, umas através da incubação física e outras através da incubação virtual.
O IPN é uma mais-valia para Coimbra e para todas as empresas de base tecnológica. Esta aceleradora de empresas promove não só, mas também, a regeneração do tecido económico em Coimbra, bem como, no restante país e a nível internacional. O aumento da “intensidade tecnológica das empresas” e a sua internacionalização são, há mais de 25 anos, objetivos do IPN de Coimbra.
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